dc.description.abstract | Este trabalho acadêmico trata de dilemas prático-normativos relacionados ao Inquérito n°
4.781/DF, que foi instaurado de ofício pelo Supremo Tribunal Federal, sob a ótica do sistema
acusatório brasileiro, defendendo a necessidade da nítida separação das funções de investigar,
processar e julgar. Desse modo, o presente estudo, a partir de decisões conflitantes do STF,
argumenta com clareza que os seus Ministros, no bojo do Inquérito 4.781/DF, mitigam
princípios e regras basilares que norteiam o Estado Democrático de Direito. Ainda, traz à tona
uma relevante discussão acerca da legitimidade da Suprema Corte para investigar, processar e
julgar esses crimes em que seus membros foram vítimas, inclusive, considerando a
interpretação extensiva do art. 43 do RISTF pelo STF no escopo de investigar crimes praticados
fora de sua sede, bem como investigados não sujeitos à sua jurisdição. Assim, acarretando em
uma verdadeira mitigação do princípio do juiz natural e usurpação de funções, ferindo a
separação dos poderes. Posteriormente, o presente estudo demonstra atos dos Ministros que
levam a presumir não haver mais imparcialidade, resultando em juízos apriorísticos que
prejudicam o devido processo legal. | en_US |