ASPECTOS POLÊMICOS DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA DO SERVIDOR PÚBLICO
Abstract
Esta Monografia faz uma análise acerca das alterações na estrutura previdenciária
do servidor público que vem sendo feita mediante um processo de reforma
constitucional e legislativa. Nosso estudo inicia traçando uma trajetória através da
evolução histórica da Previdência Social no Brasil e no mundo para podermos
entender a Previdência Social que temos hoje. Em decorrência desta evolução,
apresentaremos os três grandes regimes previdenciário: O Regime Geral,
administrado pelo Instituto Nacional do Seguro Social, O Regime próprio dos
servidores públicos e a Previdência Complementar. Demonstraremos que o Regime
Geral é que servirá de parâmetro para que as mudanças no Regime Próprio sejam
implementadas, e, para que isto se efetive, é necessário a instituição e consolidação
da Previdência Complementar, de natureza pública, para os servidores públicos
detentores de cargos efetivos. Discutiremos o processo das reformas iniciadas pela
Emenda Constitucional nº 20 e continuada pela Emenda nº 41 e nº 47 que tiveram
por objetivos: reduzir as distâncias de regras do Regime Próprio com o Regime
Geral criando uma convergência de longo prazo. Abordaremos o que foi feito para
que estas metas fossem alcançadas como a alteração da idade de referência para
os atuais servidores; a criação de novas regras permanentes de cálculos de
aposentadoria e pensões, alinhadas com a Regra do Regime Geral; o respeito aos
direitos adquiridos, por meio de regras de transição que serão aplicadas aos que
possuem expectativa de direito, mas não o direito adquirido. Trataremos da Emenda
nº 41 responsável pela instituição do mesmo teto do Regime Geral para os futuros
servidores públicos, desde que constituída a sua Previdência Complementar.
Destacaremos ainda em nosso estudo, pontos já regulamentados, entre eles a nova
fórmula de cálculos das aposentadorias, que é semelhante à do Regime Geral de
Previdência Social e a aplicação do teto remuneratório federal e dos subtetos
estaduais e municipais, como condição moralizante para o serviço público. Entre
estas mudanças enfatizamos aquelas que abalaram a estrutura do Regime Próprio
de Previdência dos Servidores Públicos que se deu através das emendas 41/2003 e
47/2005, onde direitos tidos como intocáveis, foram suprimidos. Nas mudanças
provenientes da reforma previdenciária foram destacadas os aspectos polêmicos
como a taxação dos inativos, as alterações e criação de novas regras de transição, o
fim da integralidade, da paridade, a redução da pensão, a desconstitucionalização
dos cálculos e a instituição do Regime de Previdência Complementar. Analisaremos
estes aspectos que convergem em direção à homogeneização das regras entre o
Regime Próprio de previdência dos Servidores e o Regime Geral de Previdência
Social.