Atuação da enfermagem frente ao parto natural: uma revisão de literatura

Abstract

Com o processo de medicalização sendo instaurado no país, as mulheres gestantes acabam perdendo seu protagonismo durante o parto, um momento que antes era de domínio exclusivamente feminino. A enfermagem, porém, tenta resgatar o modelo de assistência humanizada, visando o protagonismo da mulher. Este estudo tem como objetivo geral: analisar como se transcorre a atuação da enfermagem frente ao parto natural segundo a literatura científica. Acerca do percurso metodológico desta pesquisa trata-se uma revisão sistemática de literatura, tendo como modelo da revisão o método de PRISMA. A busca de estudos foi realizada no período de janeiro a fevereiro de 2023, nas seguintes bases de dados: EMBASE, SCIELO (Scientific Electronic Library Online), LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde. Com base na pesquisa os resultados obtidos em bases de dados, na qual, a partir da busca realizada, chegou-se ao total de nove (9) artigos como amostra final. A partir das análises na categoria 1, percebeu-se que a enfermagem valoriza sua autonomia na atuação frente ao parto, mostrando sempre sua relevância e buscando garantir uma melhor aplicabilidade dos métodos não invasivos centrados no cuidado da mulher e fazendo com o momento seja o mais confortável possível, objetivando que a gestante seja a figura principal no momento do parto. Diante disso, foi perceptível nos estudos que as técnicas não farmacológicas estavam presentes, porém não se tornaram o foco principal do estudo. Na categoria 2, os estudos mostraram que a enfermagem possui autonomia para atuar frente ao parto natural, desde que o mesmo seja considerado de risco habitual. Para além disso, pode-se identificar que o enfermeiro possui um papel fundamental no resgate da autonomia da mulher durante o trabalho de parto, quando se utiliza de práticas humanizadas. Deste modo, conclui-se que os estudos mostraram que a enfermagem possui autonomia para atuar frente ao parto natural, desde que o mesmo seja considerado de risco habitual. Para além disso, pode-se identificar que o enfermeiro possui um papel fundamental no resgate da autonomia da mulher durante o trabalho de parto.