AVALIAÇÃO TRIBOLÓGICA DO BIODIESEL DERIVADO DO SEBO BOVINO

Abstract

Quando se trata de questões ambientais, a queima de óleo diesel apresenta um alto risco para o planeta devido à liberação de resíduos tóxicos, como óxido de nitrogênio (NOх), óxido de enxofre (SOх) e monóxido de carbono (CO). O nitrogênio e o enxofre são necessários para a lubrificação das partes internas do motor, e removê-los completamente pode levar a um aumento no desgaste de certos componentes. Os combustíveis são usados para produzir calor ou energia mecânica por meio de um processo de combustão, enquanto a lubrificação é a capacidade de reduzir o atrito.O biodiesel é uma alternativa mais ambientalmente amigável ao diesel, pois sua queima é mais limpa e causa menos poluição. No entanto, um dos desafios do biodiesel é a produção excessiva de glicerina, que tem pouco valor comercial, mas possui boas propriedades físico-químicas. Por isso, este estudo avalia a lubricidade do biodiesel produzido a partir de sebo bovino, que é utilizado em motores que funcionam com ciclo Diesel, por meio de testes acelerados em uma bancada High Frequency Reciprocating Rig (HFRR), conforme a norma ASTM D 6079-0. Durante cada teste de 75 minutos, lubrificado com o biocombustível e repetido três vezes, uma esfera (diâmetro de 6,00±0,05 mm, feita de aço SAE 52100) desliza sobre um disco plano (diâmetro de 9,75 mm, espessura de 2,95 mm, feito de aço SAE 1045), em um movimento alternativo de 1 mm de curso sob uma carga normal de 2 N, a uma frequência de 50 Hz. Os sinais de coeficiente de atrito, percentual de filme lubrificante formado e aquecimento do contato são registrados por sensores acoplados à placa de aquisição de dados e ao sistema HFRR. A análise dos resultados apresentados pelo HFRR mostraram que o biodiesel analisado neste estudo causou escaras de desgaste na esfera que foram consideravelmente semelhantes, apresentou um coeficiente de atrito de 0,113 a 0,163 e uma formação de filme bastante variável de 20% a 50% durante o tempo de 75 minutos de ensaio.