dc.description.abstract | A obra de Machado de Assis, ainda hoje, é permeada por possibilidades de leitura e
análise, exigindo do leitor apreender novas perspectivas de compreensão dos
clássicos enredos do bruxo do Cosme Velho. Este trabalho, então, tem como objetivo
discutir a presença do duplo em uma das narrativas machadianas. Para isso,
utilizamos como método de pesquisa a abordagem qualitativa de cunho bibliográfico,
tendo como corpus o conto "O Espelho: esboço de uma nova teoria da alma humana".
Diante disso, utilizamos dois teóricos-base nesta pesquisa: Otto Rank (2014) e
Clément Rosset (1988), prioritariamente, para melhor entendimento do fenômeno do
duplo. No que diz respeito à teoria literária, utilizamos Bosi (2014, 2017), Massaud
Moisés (1998), entre outros. O protagonista do conto “O Espelho”, Jacobina,
apresenta, inicialmente, uma problemática peculiar, ao afirmar que o ser humano
possui duas almas: a alma interior e a alma exterior, gerando, assim, um conflito de
identidade. Por meio do exemplo narrado pelo personagem, foi possível identificar a
teoria do duplo presente na narrativa, seja pelas ações retratadas por Jacobina, seja
pelos pensamentos esboçados pelo personagem. | en_US |