Degradação fotoeletroquímica do corante Reactive Orange 7 em reator de fluxo contínuo
Resumo
A indústria têxtil representa um dos pilares da economia do país através da geração de
emprego e renda. No entanto, a variedade de corantes sintéticos utilizados em larga
escala nesse ramo que são descartados nos corpos d’água sem o devido tratamento, tem
causado problemas sérios de saúde e ambientais, por serem mutagênicos e
carcinogênicos. O objetivo desse trabalho é propor uma metodologia de degradação
para o corante reactive Orange 7 de baixo consumo energético para o tratamento desses
efluentes antes de serem descartados na natureza, através do método fotoeletroquímico
em reator de fluxo contínuo, utilizando Ti/TiO2RuO2 como ânodo. Foi testado
velocidades de fluxos diferentes aplicando-se densidade de corrente (40mA.cm-2
) em
velocidades de 130 L/h, 170 L/h e 240 L/h em reator de fluxo contínuo e analisou-se as
taxas de remoção de cor e degradação da DQO para o sistema utilizando eletrólise,
fotólise e fotoeletrólise, nesses fluxos. Após os estudos de degradação de cor e DQO do
RO7 foi feito uma estimativa do consumo energético gasto no processo de tratamento.
Através desses estudos podemos perceber que a 130 L/h representou, resultados
melhores em termos de degradação da DQO do corante RO7, aplicando-se a densidade
de corrente de 40mA.cm-2
com 83% de degradação da matéria orgânica do corante em
6h de eletrólise. Os resultados mostraram que a luz contribui para a remoção da cor do
RO7, porém só a fotólise não é suficiente para degradar o corante RO7, mas tem
capacidade de descolorir a solução. Com a fotoeletrólise do corante a degradação
aumentou para 96% em termos de DQO em 6h do processo no reator a 130 L/h. O
consumo total foi de 149,4 KWh.m-3
para o sistema que utilizou eletrólise e de 129,984
KWh.m-3
para o sistema com fotoeletrólise. Assim, os processos oxidativos avançados
são promissores no tratamento de efluentes industriais que utilizam o corante RO7, nas
condições estudadas, podendo degradar a matéria orgânica do corante e remover 100%
da cor, apresentando algumas vantagens, como: baixo custo e aplicação in situ, em
relação a outros tratamentos convencionais que demandam de grandes espaços e
deixando muitas vezes, substâncias secundárias indesejáveis.