dc.description.abstract | O presente estudo tem como propósito analisar como os usos pedagógicos que o
professor de História das escolas públicas de Mossoró/RN faz das tecnologias digitais, em
especial a internet, podem contribuir para a inclusão digital do aluno e sua consequente inclusão
social. Superando a noção tradicional de inclusão digital enquanto democratização do acesso
às Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação, o termo passa a ser compreendido como
o acesso aos artefatos digitais, o domínio técnico-operacional e, mais importante, seu uso crítico,
autoral e reflexivo. Ao longo do texto, a inserção das tecnologias digitais no ensino de História
é fortemente defendida, tendo em vista suas potencialidades no campo da informação,
comunicação e interação e as transformações que vêm provocando nas formas de vida
contemporânea. Tais mudanças estão reconfigurando as noções de tempo, espaço,
conhecimento, dos contextos e identidades estabelecidas. Por essa razão, os usos das
tecnologias precisam ser efetivados a partir de novos modelos pedagógicos, em harmonia com
as inovações trazidas por elas, para que a inclusão digital do aluno e o desenvolvimento do seu
pensar crítico aconteçam, possibilitando-lhe perceber-se como cidadão e sujeito da história. A
análise dos usos das tecnologias digitais para a promoção da inclusão digital do aluno de
História é realizada por meio de um estudo de campo qualitativo, de natureza explicativa, cujo
universo são professores de História da rede pública de ensino. A entrevista semiestruturada e
a observação constituem as técnicas de produção de dados utilizadas. Como parte da pesquisa,
visando coligir possibilidades de usos das tecnologias digitais para o ensino de História, com o
fim de estimular a inserção crítica desses artefatos na sala de aula dessa disciplina, de modo a
favorecer a inclusão digital do aluno, foi criado um portal virtual, por meio de um estudo
bibliográfico. O aporte teórico acerca das tecnologias digitais, ciberespaço e seus efeitos na
sociedade e na educação foi dado, entre outros, por André Lemos (2003, 2008), Heinsfeld e
Pischetola (2017), José Manuel Moran (2013, 2015, 2017), Marc Prensky (2001, 2012) e Pierre
Lévy (1996, 1998, 1999, 2007). Para embasar o debate sobre o ensino de História, métodos e
estratégias, e sua relação com as tecnologias digitais e o ciberespaço, foram usados autores
como Circe Bittencourt (1993, 2011, 2017), Elza Nadai (1992), Eucídio Pimenta Arruda (2011,
2013, 2014), Fonseca (2010), Guimarães (2012) e Itamar Freitas (2010). Maria Helena Bonilla
(2005, 2009), Bonilla e Nelson Pretto (2011), Lemos (2007, 2009, 2011) e Manuel Castells
(2002, 2003, 2005) são os teóricos por meio dos quais se discute a inclusão digital enquanto via
para a inclusão social e o exercício da cidadania. Com relação aos usos pedagógicos das
tecnologias digitais no ensino de História, os resultados da pesquisa apontaram que, quando
realizados de forma crítica, colaborativa, planejada e autoral, eles contribuem para a inclusão
digital do aluno, ainda que essa inclusão não ocorra de forma plena. | en_US |