| dc.description.abstract | O presente trabalho discute o crescimento do cristianismo nos primeiros séculos.
Questiona a teoria hegemônica que vê no cristianismo uma religião de homens
pobres e excluídos. Seguindo os insights do sociólogo e cientista da religião
norteamericano Rodney Stark, que apresenta outra interpretação sobre este
fenômeno. Tratase de uma pesquisa teórica e bibliográfica onde foram analisados
diversos autores, de diferentes tradições e perspectivas sobre os primeiros séculos
do cristianismo como Eusébio de Cesaréia, Tertuliano de Cartago, Christopher
Dawson, Paul Johnson, Friedrich Nietzsche, Frederich Engels, Karl Marx, Karl
Kautsty e Rosa Luxemburgo. O trabalho defende os elementos de originalidade da
religião cristã primitiva, em especial sua relação com as mulheres e os pobres. O
cristianismo surge como herdeiro do monoteísmo judaico nas lacunas do
paganismo, mesmo nas classes mais privilegiadas, e colhendo os frutos da diáspora
do judaísmo com seu apelo a universalidade, uma continuidade do judaísmo aberta
aos pagãos. Relaciona a ocorrência de epidemias ao seu crescimento, e o peso dos
valores cristãos de amor e caridade que envolvia a solidariedade comunitária e o
serviço social, que diminuíram os efeitos de epidemias comuns na época. Em
especial o protagonismo que as mulheres tiveram nos primeiros círculos cristãos
urbanos. Tudo isto acabou contribuindo para o estabelecimento de novos vínculos e
valores sociais entre as pessoas sem os quais seu crescimento e ascensão não são
corretamente explicados. | en_US |
