dc.description.abstract | Pensar a sentença nietzschiana “Deus está morto” como deve ser visada
não é uma tarefa fácil. Depreendemos que a morte de Deus não é uma
hermenêutica teológica e nem uma apologia ateísta. Neste trabalho, discorremos
sobre a expressão “Deus está morto” em Nietzsche. Nosso objetivo consistiu em
analisar o sentido e a permanência da expressão “Deus está morto” na modernidade
à luz do filósofo Friedrich Nietzsche. Utilizamos a pesquisa bibliográfica qualitativa e
nossa pesquisa se qualificou como explicativa. Nossos dados foram construídos a
partir da investigação da literatura do filósofo Friedrich Nietzsche. Depois
consultamos os livros que tiveram subsídio teórico para corroborar com a sentença
nietzschiana acerca da morte de Deus. Concluímos que não apresentamos um
conceito específico sobre o sentido da expressão “Deus está morto”. Entretanto,
apresentamos quatro perspectivas. A primeira é que a “morte de Deus” pode ser o
desenvolvimento do desencantamento do mundo. Ela também pode ser a
representação do rumo de dois mil anos da história do Ocidente. Assim como, essa
sentença nietzschiana pode resultar em uma crítica aos valores morais da crença
cristã — ao problema do sentido que atribuímos às coisas. E por último, ela pode ser
um fenômeno histórico paulatino, um processo social e filosófico que tem como
consequência a decadência de todos os valores, é o que Nietzsche chama de
niilismo. E na questão da permanência da expressão nietzschiana temos Max Weber
(2011) com a noção de desencantamento do mundo e também a ideia de saída da
religião de Gauchet (2008). Compreendemos que esses dois autores dão sequência
ao pensamento nietzschiano, todavia de forma sistemática. Neste sentido,
depreendemos também o paradoxo na sociedade moderna entre a “saída da
religião” na esfera pública e a permanência do religioso no âmbito privado. E
também compreendemos que temos um falso debate entre a morte de Deus e o
retorno da religião na modernidade. | en_US |