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Título: Discurso e memória na construção da realidade em Órfãos do Eldorado, de Milton Hatoum
Autor(es): Silva, Vaneska Rodrigues de Oliveira
Palavras-chave: Discurso - Memória
Milton Hatoum
Narrador- Narrativa
Data do documento: 21-Out-2021
Citação: SILVA, Vaneska Rodrigues de Oliveira. Discurso e memória na construção da realidade em Órfãos do Eldorado, de Milton Hatoum - Mossoró-RN. 34 f. Monografia (Graduação em Letras Habilitação em Língua Portuguesa e suas respectivas Literaturas) - Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, Mossoró, 2021
Resumo: A presente pesquisa propõe evidenciar a memória discursiva de Arminto, um homem solitário que, nas idas e vindas à sua terra natal, (re) constrói de modo subjetivo o que viveu, a partir das relações conturbadas com seu pai, Amando, e com Dinaura, a amante misteriosa. Essas relações desvendaram uma história cercada de emoções e nostalgias. O narrador-personagem é de raça branca, advém dos exploradores das margens do rio Amazonas que, na novela, tem como figura representante o próprio pai. Amando é, com isso, o elo de conflito da narrativa, uma vez que se opõe imperiosamente ao protagonista, gerando tensão discursiva. A maneira como o pai afeta o personagem propicia a estrutura desta tensão melancólica, pois, mesmo depois de morto, Amando continua presente, tipificado pela violência, pelo autoritarismo e pelo desprezo impostos ao filho. De modo resiliente, Arminto caminha na direção oposta à do seu opressor e se nega a receber o legado familiar. Num misto de loucura e lucidez, o narrador, no limiar da velhice, conduz seu discurso, expõe seu relato que oscila entre fatos revividos e histórias oriundas da imaginação popular. A junção dessas duas instâncias de complexidade dramática forma o arcabouço discursivo impresso na narrativa. O objetivo principal deste trabalho é analisar o modo como se constrói a memória discursiva do narrador nas circunstâncias de vida em que ele se encontra. Para tanto, procuramos fundamentar nossa pesquisa em bases teóricas de Bakhtin (2002); Bosi (1994); Foucault (2008); Halbwachs (2004); Maingueneau (2018). Assim, esperamos que a narrativa de Órfãos do Eldorado nos ofereça um mergulho no passado do personagem, com a finalidade de entender melhor como sujeito no mundo. E que a memória passe a ser uma ferramenta para a narração, e uma tentativa de imaginar o passado, de (re)construí-lo, de esclarecer um momento sombrio do personagem.
URI: https://repositorio.apps.uern.br/xmlui/handle/123456789/444
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