Efeitos da resposta sensorial autônoma do meridiano em sintomas de depressão e ansiedade: uma revisão integrativa

Abstract

A população brasileira desenvolve cada dia mais transtornos mentais, sendo as mais prevalentes a depressão e a ansiedade. Alguns sintomas desses transtornos como irritabilidade, fadiga, alterações no sono, pensamentos negativos estão associados a acontecimentos de violência, doenças e traumas etc. Em geral, para tais situações indica-se o tratamento medicamentoso visando remissão dos sintomas e uma melhor qualidade de vida. Neste contexto surge o fenômeno Autonomous Sensory Meridian Response (ASMR), uma forma complementar ao tratamento dos sintomas da depressão e ansiedade, utilizando recursos audiovisuais para a promoção de relaxamento, indução do sono e alívio de pensamentos negativos. Esse trabalho possui como objetivo geral analisar os efeitos da ASMR nos sintomas dessas doenças, possuindo caráter exploratório e abordagem qualitativa. O método adotado foi uma revisão integrativa da literatura científica. De acordo com a pergunta norteadora formulada “Quais os efeitos da utilização de recursos audiovisuais para induzir a ASMR em pessoas com sintomas de depressão e/ou ansiedade? ” 12 artigos foram selecionados dentre as bases de dados PubMed e DOAJ. Dentre os resultados encontrados foram que os efeitos da utilização de recursos audiovisuais para induzir a ASMR proporcionam perceptíveis melhorias na qualidade de vida dos participantes, com significante promoção ao bem-estar, indução ao sono, tranquilidade e diminuição de pensamentos negativos e ansiedade. As evidências apontadas foram coletadas através de inventários de depressão e ansiedade, questionários e exames como Eletroencefalograma e Ressonância Magnética, em conjunto com o uso da ASMR para avaliar as possíveis melhorias. Conclui-se então que, apesar de haver quantidade limitada de pesquisas científicas sobre a temática, foi comprovado que a ASMR possui efeitos benéficos na remissão dos sintomas da ansiedade e depressão, sendo uma prática segura, sem efeitos colaterais significativos, apontada como uma possível prática terapêutica efetiva e de fácil acesso para a população que sofre com esses transtornos.