Participação dos conselheiros no CMEI Amor de Mãe após pleito unificado SME-Natal (2014-2018)
Abstract
Esta pesquisa analisa como vem sendo construída a participação no Conselho do CMEI Amor
de Mãe após as duas edições (2014 e 2017) dos pleitos unificados para escolha dos conselheiros,
realizados pela Secretaria Municipal de Educação de Natal. A partir das eleições, procura-se
ainda: investigar a participação dos conselheiros após o pleito unificado; compreender o
processo de construção da participação após pleito unificado a partir das atas do conselho
escolar e identificar à luz das vozes dos conselheiros as conquistas democráticas advindas com
o pleito unificado. Esta pesquisa se utiliza da abordagem qualitativa, trata-se de um estudo de
caso, com o uso da análise documental e da entrevista semiestruturada, cuja análise de conteúdo
foi o procedimento adotado para análises dos dados construídos. Como aporte teórico que
sustenta a reflexão acerca da democracia, e da participação com relação as escolas,
especificamente no conselho escolar, a pesquisa está fundamentada em Paro (2001, 2003, 2012,
2014, 2016a, 2016b, 2018); Bordenave (1983); Bobbio (1987, 1998, 2017, 2018); Rosenfield
(1994); Werle (2003); Pinto (1996); Fortuna (2000), dentre outros. A respeito da participação,
os dados obtidos pelas atas e as entrevistas revelam que essa se dá frente a condicionantes
internos e externos da comunidade escolar. É preciso mecanismos que garantam a participação
ativa dos diferentes segmentos que fazem o colegiado, bem como práticas participativas que
ajudem na promoção de relações mais simétricas para que o grupo possa atuar sem termos
segmentos protagonistas em detrimento a segmentos marginalizados. Os colegiados não podem
perder de vista sua função política/pedagógica que é sua finalidade central. Embora também
seja uma de suas funções aprovar recursos de todas as ordens, a participação dos conselheiros
deve ser além de preencher pareceres para manter as prestações de contas em dia, uma vez que
só isso não se constitui participação. A participação é implicação, processual e deve ser
estimulada com vista a busca pela melhoria da educação. Ter esse entendimento é fulcral na
busca de atuação ativa do colegiado. Sem esquecer que o Conselho Escolar deve configurar-se
como um local propicio às práticas de processos participativos, pois participar só se aprende
participando.