Elementos da ética personalista de Karol Wojtyła: a pessoa e o seu agir
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Data
2021-06-14Autor
Aires, Emanuel Nilo da Silva
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Karol Wojtyła é um dos principais representantes da corrente filosófica do personalismo. Seu
itinerário intelectual é marcado pelo interesse sempre voltado à pessoa humana. Ao enveredar
pela Filosofia passou a se ocupar do homem como sujeito da moralidade e objeto da
antropologia. Em suas investigações o filósofo polaco percebeu a mútua implicação entre a
pessoa e a ação. Ao passo que é na ação que a pessoa humana se realiza, é na ação que a
mesma se revela como tal. O problema que se coloca nesta investigação funda-se na relação
entre o conceito de pessoa e do seu agir, especialmente o seu agir moral. A moralidade dos
atos humanos é objeto da ética, que por sua vez é assunto e função da filosofia. A ética
enquanto investigação filosófica volta-se aos fundamentos da moralidade. É necessário
considerar que a ética pressupõe a pessoa. Isto significa dizer que uma compreensão da pessoa
influi radicalmente na concepção da moralidade e mesmo em sua fundamentação. O autor em
foco desenvolve um diálogo com as categorias de pessoa e de ação pressupostas pelo tomismo
e pela fenomenologia. Assim, o objetivo geral deste trabalho é analisar os elementos da ética
personalista de Karol Wojtyła com base na relação entre as categorias de pessoa e ação. A
pesquisa tem como base os seguintes textos do autor: El personalismo tomista (2010a), Max
Scheler e a ética cristã (1993), Persona y acción (2017) e Amor e responsabilidade (2016).
Em apoio à compreensão dos problemas relacionados à questão básica levantada e ao
desenvolvimento da investigação, toma-se como auxílio autores como Merecki (2014),
Burgos (2018), Marías (1980) e Stein (2019). A metodologia do trabalho consiste em revisão
e análise bibliográfica dos textos filosóficos de Karol Wojtyła já citados, além de fichamentos
e encontros de orientação periódicos. Os resultados da pesquisa apontam para a compreensão
de uma ética cuja fundamentação normativa se encontra na experiência moral dada no interior
da pessoa, sujeito da ação e da moralidade