Análise da degradação e da fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do Rio Apodi-Mossoró - RN
Visualizar/ Abrir
Data
2021Autor
Cavalcante, Albergma Estevão de Queiroz Magalhães
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Dentro dos estudos das bacias hidrográficas, a drenagem e o relevo são fundamentais para a
compreensão do comportamento hidrológico, assim como a cobertura vegetal está para a
prevenção das perdas de solo. Esses conceitos se tornam imprescindíveis, uma vez que a
eutrofização dos corpos hídricos e os processos erosivos são responsáveis por afetar a
qualidade e a disponibilidade da água. Diante disso, este trabalho tem por objetivo
compreender os processos gerais de degradação e fragilidade ambiental da bacia hidrográfica
do Rio Apodi-Mossoró-RN, por meio da quantificação do grau de degradação, ao aplicar
parâmetros biofísicos, espacialização, quantificação das áreas de conflitos e de maior
fragilidade ambiental, que identifica as áreas suscetíveis à degradação ambiental. Com o
levantamento conceitual dos parâmetros biofísicos, promoveu-se uma discussão sobre a
dinâmica em bacias hidrográficas. Foi realizada a delimitação de forma automática, por meio
do software livre QGis 2.18 Las Palmas, da bacia e das sub-bacias hidrográficas do rio Apodi
Mossoró, com base nos dados do projeto SRTM. Espacializar os atributos do terreno, como:
formas geométricas, drenagem, declividade, tipos de solo, uso e cobertura da terra, para
identificar os fatores de riscos de deterioração ambiental por meio de três metodologias:
morfometria, diagnóstico físico conservacionista, e fragilidade ambiental. A morfometria, em
que foi calculado o de fator de forma, coeficiente de compacidade, índice de circularidade,
declividade média e densidade de drenagem, mostrou-se como uma importante técnica de
análise, pois expressa a dinâmica fluvial nas unidades destes sistemas ambientais. Mediante a
aplicação do Diagnóstico Físico Conservacionista - DFC, tornou-se possível quantificar o
grau de deterioração de cada sub-bacia. O total da deterioração das sub-bacias estudadas foi
de 27,77%, e as sub-bacias 01 e 02 apresentaram os maiores percentuais no grau de
deterioração. Por meio da metodologia da fragilidade ambiental, em que foi aplicado uma
álgebra de mapas de acordo com pesos que variam de muito baixo a muito alto, em cinco
níveis, relacionados às características de clima, relevo, solo, vegetação e uso da região,
avaliaram-se e quantificaram-se os níveis de fragilidade potencial e emergente da bacia
hidrográfica, de modo que o percentual do nível predominante de fragilidade emergente na
bacia é médio, sendo 55,3%, seguido de alta fragilidade com 38,4%, resultado do efeito
atenuante da vegetação, sobretudo nas áreas de maior declividade. A aplicação de técnicas de
geoprocessamento é uma etapa fundamental na gestão de sistemas ambientais, criando
maiores possibilidades e subsídios, junto ao comitê de bacia hidrográfica, na construção de
políticas públicas que venham a manejar de forma adequada essas áreas, principalmente por
se tratar de uma bacia hidrográfica de grande importância para o desenvolvimento local e
regional do Rio Grande do Norte.