Conhecendo as estratégias lúdicas utilizadas pelos profissionais da enfermagem na abordagem à criança hospitalizada

Abstract

INTRODUÇÃO: A criança está em constante fase de crescimento e desenvolvimento, portanto o adoecimento acontece de maneira inesperada. Muitas vezes, em virtude do agravo da doença, é necessário que a criança permaneça hospitalizada. Nessa perspectiva, a criança hospitalizada tem dificuldade de lidar com esse evento atípico, agravando seu quadro emocional. Logo, os profissionais de saúde tendem a adotar estratégias lúdicas para lidar com essas situações. OBJETIVO: conhecer as estratégias LÚDICAS utilizadas pelos profissionais da enfermagem para abordar a criança hospitalizada. METODOLOGIA: pesquisa bibliográfica do tipo revisão integrativa com abordagem qualitativa. Utilizou-se um protocolo sistematizado para busca dos artigos. A coleta ocorreu nos meses de março a junho de 2024, utilizando as seguintes bases de dados: U. S. National Library of Medicine (PubMed), Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library Online (SciELO). As informações foram analisadas de forma descritiva e depois através da técnica de análise de conteúdo de Bardin. RESULTADO E DISCUSSÃO: A amostra foi composta por 46 estudos, publicados entre os anos de 2019 a 2023. O estudo qualitativo foi o mais prevalente com 67,4%, 52,2% advindos da região Sudeste. O nível de evidência IV predominou na amostra. Foram identificadas 13 estratégias lúdicas adotadas pelos profissionais da saúde, com destaque de 30,4% para o Brinquedo Terapêutico, e 53,8% pertencentes ao tipo de brincar não estruturado. Ressaltada a importância da cativação dos pequenos desde a sua chegada ao ambiente hospitalar através da acolhida, vestimentas, ambientação e musicalização do local, além do uso de brinquedos variados e espaços interativos. O brincar não estruturado destaca-se por uma diferença mínima, onde nesse tipo de brincar estão: Ambientação, Desenho, Estratégias associadas, Fantoches, Histórias, Realidade Virtual e Risoterapia; e no brincar estruturado: Brinquedoteca, Brinquedo Terapêutico, Canção instrutiva, Jogos, Vídeos e Videogame. CONCLUSÃO: Assim, tendo em vista a variedade de opções de estratégias lúdicas, é importante que os profissionais dos serviços de saúde se empoderem de conhecimento sobre as variadas possibilidades de aplicação e identifiquem aquela(s) que melhor se aplica a sua realidade, favorecendo-se mutuamente crianças/famílias e enfermeiros, visto que as crianças hospitalizadas experienciarão prazer durante os seus tratamentos, gerando a confiança e favorecendo a sua cooperação nos procedimentos.