O fenômeno da uberização e sua configuração como relação trabalhista: entendimento dos Tribunais Regionais do Trabalho da região Nordeste
Resumo
A transformação sócio-política catalisada pelo avanço tecnológico apresenta,
constantemente, novas facetas da capacidade humana. A proliferação de plataformas,
aplicativos, serviços de inteligência artificial e moedas virtuais é responsável por
transferir, paulatinamente, o homem do mundo real para o mundo digital e, com isso,
digitalizando também grande parte de suas demandas. Como uma resposta a necessidades
do homem como agilidade, praticidade e comodidade, o fenômeno da uberização emerge
nas mais diversas camadas da sociedade, transmutando-se nos mais variados tipos de
serviço; o que teve início após o pioneirismo da empresa Uber, atualmente apresenta
crescente concorrência. Em análise do comportamento, não apenas social, como também
jurídico, a presente pesquisa tem como principal objetivo abordar a evolução história da
economia, compreender o fenômeno da uberização como expressão da parassubordinação
e, finalmente, destrinchar como o universo da Justiça do Trabalho, em especial na Região
Nordeste do país, tem encarado o dilema da relação entre trabalhador e empresas inseridas
na Gig Economy.